Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=aVWHp8FsV1w
Canal: Jisc
Data de publicação: 16 de abril de 2019
Duração: Aproximadamente 4 minutos
Tema: Educação e modernização
Educação 4.0 enquanto abordagem educacional associada à Quarta Revolução Industrial designa um conjunto de estratégias consideradas desejáveis para responder às necessidades do mundo atuais. O termo está intimamente ligado à revolução tecnológica e é da autoria de Klaus Schwab, também autor do livro A Quarta Revolução Industrial (2016).
A necessidade da revolução na educação impôs-se através da tecnologia educacional, uma vez que pretendia modernizar os procedimentos existentes, considerados segundo Pressey, S. (1924) “grosseiramente ineficientes e desajeitados” da educação convencional, onde o professor falava e os alunos ouviam, o ensino era muito baseado na memorização, as metodologias eram essencialmente expositivas, com recurso ao quadro, giz e livros e a disposição da sala usava o método vitoriano, com os alunos dispostos em filas.
Revolução esta num primeiro momento associada à 3ª Revolução Industrial que teve lugar com o aparecimento dos computadores e da internet. A 4º Revolução Industrial, por seu lado, está associada a tudo o que se tornou possível decorrente do aparecimento dos computadores e da Internet.
Decorrente disto Tony Prescott, professor na Universidade de Sheffield alerta para a necessidade de as pessoas serem flexíveis, dadas as mudanças previstas no mundo, já que os futuros locais de trabalho e as futuras sociedades serão moldadas em função destes avanços da tecnologia.
Parafraseando Sky Caves, Learning Tecnologist na Basing Stoke University “A tecnologia é um dos principais pilares que está a moldar como será o futuro”.
Ainda no que refere a esta temática é importante realçar que a tecnologia não deve ser encarada como algo assustador, mas antes como algo que deve ser usado para libertar as pessoas. Acrescentando ainda a ideia de Michael Szollosy (Department of Computer Science Uniervsity of Sheffield) a robótica inteligente e os computadores inteligentes deverão ser usados para tornar a aprendizagem mais acessível para as pessoas e para ser adaptável a necessidades individuais, ou seja, ao serviço e em prol dos indivíduos.
Desta forma o ensino será mais gratificante quer para os alunos, quer para os académicos. “Queremos que seja uma vitória para todos” (Vice-Chanceller of the University of Buckingham).
Está provado que a retenção é 70% maior na realidade virtual, pelo que o desafio das Universidades é desenvolver as competências digitais dos alunos para que estes possam fazer uso dessas capacidades no local de trabalho, ressalvando que, por competências digitais não se entende apenas a capacidade de programação, mas muito mais do que isso, uma vez que esta é apenas uma das muitas habilidades digitais.
Apesar de tudo isto, nem tudo se resume a competências digitais. Há um conjunto de habilidades que nunca poderão ser automatizadas e, por conseguinte, nunca poderão ser substituídas. São elas a Criatividade, a Colaboração, a Comunicação e o Pensamento Crítico. Este também deverá ser o foco da evolução educacional.
Assim, a Educação 4.0 pode ser entendida como um pedido ao setor educativo para repensar o paradigma educacional. Terminamos, citando Martin Hamilton, Futurist que defende “vivemos num mundo hiperconectado, agora mais do que nunca, é hora de dizermos o que queremos fazer com isso”.
Links relacionados:
- A REDE COMO INTERFACE EDUCATIVO (I)
- AI and the Future of Education | Plastico Film
- The limits of learning – Kids in crisis | DW Documentary.
- Education 4.0 | Jisc
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